Os Mandamentos do Parto - (Por Alberto Schifino)
1) PREPARE-SE!! Você está prestes a entrar em uma experiência que até o capitão Nascimento pediria para sair!!
2) Esteja disposto a ficar muitas horas ininterruptas sem as suas necessidades básicas.
3) Arranhões não poderão nem deverão ser evitados, mas previna-se das mordidas.
4) Use uma roupa confortável. Provavelmente você conhecerá o seu filho assim mesmo.
5) Apoie a sua mulher, custe o que custar. Seja qual for o tamanho da sua aflição, não se compara à dor que ela estará provavelmente sentindo.
6) Leve a sério quando ela pedir qualquer coisa olhando nos seus olhos. No meu caso, a minha esposa poderia derreter aço com o seu olhar. ALi estava a mais pura descendente direta da nobre linhagem de Athena, Deusa da Guerra, em frente ao inimigo, ou seja lá qual era meu papel em cada minuto de contração.
7) Neste momento, não leve nada para o lado pessoal. Preserve a saúde do seu relacionamento.
8) Não demonstre ansiedade, saco cheio, cansaço. Vc é coadjuvante neste processo, dê o seu melhor e, se ela não desistir, não é vc que irá faze-lo (jamais use esta palavra em meio ao trabalho de parto).
9) Não peça para ela relaxar. Imagine que vc está sentado PELADO em uma cadeira sem fundo levando PORRADA em suas bolas (007 Casino Royale). Vc gostaria que mandassem vc relaxar?
10) Tenho certeza que, se vc, homem, está aqui lendo este relato, é pq se importa. Isso não tem preço. Afinal, sorte das nossas mulheres que tem homens corajosos como nós ao lado delas. Porém...
Independente de qualquer estudo, leitura, ou até exercícios de yoga e musculação (bastante úteis para o dia D)... Ainda assim, lembre-se: você só ACHA que está preparado.
Boa leitura!
Relato de Parto Normal Hospitalar: Michele + Alberto = Martina
Foi meu marido quem desde o início me incentivou a optar pelo parto normal. A partir deste empurrãozinho, comecei a pesquisar sobre o assunto e bastaram poucas leituras para decidir: seria esta a nossa opção. Melhor para a mãe, melhor para o bebê. No início, a definição era racional. Foi só quando conheci a Roda de Mães da Baixada e passei a frequentar as aulas de yoga que percebi que este ato é muito mais que um procedimento. Passamos a nos dedicar às leituras, cursos, etc. Com isso, vieram também muitas dúvidas, sanadas com a calma e a sabedoria da Adriana Vieira, em suas aulas e na doulagem, ora com a Rose, em meio às maravilhosas sessões de massagem.
Era final de setembro e o prelúdio de uma boa notícia se anunciava: um centímetro de dilatação com 36 para 37 semanas de gestação. Animados, eu e meu marido tratamos de cuidar dos últimos detalhes do quarto, das malas de maternidade, dos documentos, convênio, pediatra, etc. Nossa obstetra, dra. Cláudia Ribas, sabia o quanto queríamos um parto normal, e como profissional humanizada que é, vibrava com as chances de conseguirmos realizar este sonho.
O que eu não imaginava é que esta condição se estenderia por tanto tempo. Este mesmo diagnóstico se manteve durante as 4 semanas seguintes, fato que gerou muita ansiedade em mim, no meu marido e em todos que nos cercavam. Em meio a isso, de bandeja, o Beto estava em período de transição no trabalho, passando as semanas no Rio e vindo para casa apenas nos finais de semana.
Num destes dias de ele lá e eu aqui, tinha ultrassom agendado com a dra. Claudia Starnini. Martina encaixada, com ótimo tamanho, placenta ainda novinha e 3 centimetros de dilatação! O colo continuava posterior, o que significava que ainda tínhamos muito trabalho pela frente. Já estávamos com 40 semanas passadas e o clima de boa notícia agora já passava a ser mais tenso.
Decidi que seria melhor que o Beto estivesse aqui apenas quando o trabalho de parto começasse. Assim ele não perderia nenhum dia de sua licença paternidade. Minha mãe veio de SC para ficar comigo e, no instante em que ela chegava na frente do meu prédio, eu constatava: contrações de 13 em 13 minutos. Entramos em casa e tomei Buscopan. As contrações não cessaram. Passaram a ter um intervalo menor, de 10 em 10. Eu havia combinado com a Adriana que seria sua modelo de exercícios em um curso de gestantes, então tomamos um táxi e fomos ao local. No meio do caminho, as contrações vinham de 8 em 8 minutos. Não eram tão doloridas, mas tensionavam bastante a barriga.
Chegando no curso, fui direto para a bola. Estava com contrações de 5 em 5 minutos quando a dor começou a incomodar. Me sentia melhor quando agachava, e aí lá estava eu agachando pelos corredores da Beneficência Portuguesa, local do curso, enquanto olhavam para mim com cara estranha. Avisamos a dra. Claudia, que pediu para que eu fosse ao PS tomar buscopan na veia - detalhe: eu não tinha avisado ninguém que eu tenho horror a PS e considero hospital um ambiente altamente hostil. Lá estava eu, de mãos dadas com a minha mãe, aguardando o Buscopan.
Eis que a medicação chega, e com ela muita dor. Por incrível que pareça, a ação do medicamento foi contrária e as contrações se intensificaram bastante. A barriga se contraía tanto, que a Martina mexia freneticamente nos intervalos. Passada 1h e meia que a medicação tinha acabado, a enfermagem resolve me liberar - graças ao jeito meigo da Adriana, rsrs. Passo de novo com a plantonista e a surpresa desagradável: continuava com 3 centímetros e colo posterior. Dra. Claudia me liga e combina de me ver no ultrassom no dia seguinte. Enquanto isso, a Adriana me leva para casa. Tomei um banho quente, o que ajudou bastante a dor aguda que eu sentia nas costas junto às contrações. E elas cedem.
Em meio a tudo isso, o Beto já havia comprado passagem para a manhã do dia seguinte, 24 de outubro - e isso me deixou aliviada, pois com as contrações dando um tempo, eu conseguiria aguentar para que o Beto participasse do trabalho de parto comigo - fato que decidimos quando fizemos o curso de pais grávidos, este mesmo no qual eu conto pela primeira vez o relato.
Turma do curso de casais grávidos
Passei a noite relativamente bem. As contrações diminuiram de intensidade. No dia seguinte, acordei e fui para o consultório. Mal imaginava o que estava por vir. Devido ao estresse das contrações, a Martina desencaixou e ficou com 3 circulares de cordão - no pescoço. Era exatamente o que eu não queria : o conjunto destes fatores configurava um indicativo de cesárea. Instantaneamente, perguntei à dra. Claudia, que já estava com um semblante decepcionado. - Dra., e se o trabalho de parto parar, a Martina tem condições de se desenrolar ou de encaixar e irmos para o parto normal?
É nessa hora que percebemos o quanto é importante ter total confiança em seu obstetra. Ela disse que sim, e eu tinha certeza que ela lutaria até o fim comigo para que conseguíssemos o parto normal. Saí do consultório aos prantos, apoiada em minha mãe, e liguei para o meu marido, que já estava chegando. Marquei uma sessão de acupuntura com a Ellen Infante, não para indução, mas sim para relaxamento e dispersão, incentivando a Martina a se mexer no útero e quiçá encaixar novamente. A regra do dia era esta: relaxar - Palavra odiada por mim, que como ex-esportista, não sabia relaxar nem dormindo (afinal, nos meus esportes o segredo era estar sempre preparada, e não relaxada).
À noite ainda tínhamos o estresse do cardiotoco pela frente. Graças a Deus, estava tudo bem com a Martina e seu coração forte. Dra. claudia nos examinou de novo, nada havia mudado. Meu trabalho de parto travou. Fomos liberados e convidamos a Dri para nos encontrar na esquina de casa, em um barzinho para beliscar algo e "relaxar". Ela veio e trouxe consigo um talismã enviado pela Tamara, uma amiga querida que fiz durante as aulas de Yoga. Era a medalha da Nossa Senhora do Bom Parto, junto a um recadinho carinhoso e significativo. Pendurei o amuleto no meu peito e só tirei quando fui devolvê-lo à sua dona, que me visitou no hospital um dia depois do meu parto.
Aqui, Michele ladeada pelas amigas de yoga pré-natal.
Da esquerda pra direita: Lilian, Thais,Tamara
(de blusa pink, que lhe deu a medalha de NS do Bom Parto),
e dou outro lado Renata Praça, Prof Adriana Vieira,Vivi, Dani, Claudia e Tati
Deitamos para descansar e 3h da manhã veio a primeira contração. Agarrei na Nossa Senhora do Bom Parto, pendurei ela em minha roupa, com contato direto com a minha pele. Eu tinha tudo o que precisava: meu marido, minha mae, meu talismã e até a Tuquinha, nossa poodle, me apoiando (ela ficava deitada entre as minhas pernas nis intervalos das contrações... Quando fosse a hora, eu teria a doula que escolhi, a médica em quem confiava e tudo estaria seguro. As contrações já vieram ritmadas, de 10 em 10 minutos, com 1 minuto de duração. Desta vez, eu já sabia qual a sensação e o que eu não podia fazer. Por isso, decidi que ficaríamos em casa até que as dores estivessem insuportáveis ou que o padrão de movimentos da Martina se alterasse. Varamos madrugada adentro e a Dri chegou em casa por volta das 7h. Constatou que era trabalho de parto verdadeiro, mas que ainda estávamos longe das contrações que realmente fariam a diferença. Que desespero ouvir isso.
Pausa. Eu sabia que conseguiria ir adiante se a dor permanecesse aquela, embora as costas realmente perturbassem muito, porque eu tinha comigo um marido que superava qualquer expectativa de uma mulher por um companheiro. Durante todo o trabalho de parto, que vcs verão, não foi nada curto, ele não largou as mias mãos, ele sequer parou para atender ao seu corpo, sequer pediu um tempo para fazer xixi. Não importavam os arranhões, as mordidas, os apertos. Ele estava comigo. Foi incrível. E por isso eu repito: cada um tem o parto e precisa ter para que esta experiência seja suficientemente transformadora para você. Percebi que o trabalho de parto não era meu, era nosso. E que meu marido era um homem ainda mais fantástico do que eu imaginava.
Essa situação continuou até as 16h, graças aos apetrechos da Dri (bola, almofadinhas quentes, florais e atenção), ao carinho da minha mãe ( que mesmo me vendo com dor, respeitava a minha decisão e me apoiava, além das comidinhas, suquinhos, água e gracinhas). Neste horário combinamos de encontrar com a dra. Claudia, e foi quando a movimentação da Martina diminuiu, o que mexeu consideravelmente com meu psicológico. Ela fez o cardiotoco e pediu para que nos internássemos na Casa de Saúde. Ela nos encontraria lá em alguns minutos.
Em casa em TP comendo um petit gateau da mamãe!!!
Às 17h40 entramos na sala de pré-parto. Fui examinada e a situação continuava a mesma. Foi quando decidimos induzir. Naquele momento, eu abria mão de ter um parto natural, por entender que meu colo não era tão eficiente quanto precisávamos que ele fosse. Por um minuto, fiquei sozinha na sala com a médica. Olhei nos olhos dela e perguntei: - Dra., as chances são poucas, né? Ela acenou com a cabeça, mas vi que tinha esperanças e que não me colocaria na indução à toa. Repito: como é bom ter um obstetra em quem confiamos! Apesar da resposta não ter sido definitiva, eu me enchi de otimismo. Não importante se as chances seriam poucas. O mais importante é que elas ainda existiam e estávamos bem. Minha mãe e meus sogros aguardavam do lado de fora. Incrível como o apoio destas pessoas maravilhosas e iluminadas me dava conforto.
A partir daí, Dra. Claudia estourou minha bolsa e me deu ocitocina. Aí sim eu tomei conhecimento do que era a dor do parto. Entre os gritos, urros, arranhões e todo o desespero, principalmente pela intensidade da dor nas costas que acompanhava as contrações, eu implorei em uma centena de decibéis por analgesia. Meu marido, que continuava comigo sem largar a minha mão desde as 3h da madrugada, percebeu que eu (ou o ser que me habitava) falava sério. Eram 19h. Meia hora depois, o anestesista Benê, o qual é famoso por ser o rei das gravidinhas, estava na sala. Cavalheiro, divertido e usando o mesmo perfume do meu padrinho. Me senti em casa. 19h45 eu era outra mulher. Fiz piada, dei risada e perdi a noção do tempo. Minha mãe conta que percebeu que eu havia parado de gritar e, enquanto conversava com meus sogros, ouviu minha gargalhada. Ela nao entendeu absolutamente nada. Abriu a porta para espiar e lá estava eu, de mãos dadas com meu marido, dizendo a ele que eu só não o amava mais, pq ele não era anestesista e nao tinha me dado aquela picadinha antes, rsrs. Bobagens de quem estava em transe.
Lembrei que precisávamos ligar para a dra. Mônica Grizzi, pediatra, para que ela viesse acompanhar o parto e ouvi da Adriana e do Beto: relaxa, Michele! rsrs... A analgesia foi na dose que eu precisava. Sentia as contrações, mas me livrei da dor nas costas. Conseguia andar e fazer exercícios, fator que fez a Dri se empolgar e me colocar para marchar como índia e fazer força de cócoras.
Eu imaginava que minha dilatação, com a indução, seria de no máximo um centimetro por hora, e que por isso a médica me examinaria de hora em hora. Cada vez que ela entrava no quarto, eu pensava: - Uau, ja se passou uma hora? Bingo, mais um centímetro! ... O fato é que a dra. Claudia entrava no quarto em intervalos de 15 a 20 minutos e a dilatação evoluiu a jato. Todas aquelas horas de TP passaram a valer a pena. Quando foi 21h, meu marido e a Adriana foram se aprontar, estávamos com dilatação total e iríamos para a sala de parto. Eu era só alegria - e muita, muita empolgacao!
Na sala de parto, foi tudo muito rápido. Quando faço força, fico muito vermelha, e lembro que a médica ficou preocupada. Enquanto eu relaxava entre as contrações, com intervalos curtíssimos, me divertia com a discussão entre a obstetra (liga o ar condicionado, a Michele tá muito vermelha) e a pediatra (desliga o ar condicionado, nada de bebe nascendo com ar ligado), rsrs. Quando a contração vinha, todos gritavam: força, vai, agora, vai faz força. E meu marido segurava meus braços como se a força fosse ele quem tivesse que fazer. Tenho certeza que ele fazia e seguia parindo comigo, sentindo o que eu sentia e se comunicando o tempo todo com o olhar cúmplice que só duas pessoas que se amam são capazes de trocar.
Em uma das forças, eu apaguei. Deve ter durado m segundo para aqueles que estavam na sala. Para mim, foi tempo suficiente para dar um mergulho e relaxar no mar de Itapirubá. Quando voltei desta viagem, e todos gritavam "vai, agora, faz força", eu lembro de ter visto o rosto do Alberto, a máscara cirúrgica e aí sim lembrei que estava parindo a Martina e que precisava ser forte e rápida. Avisei a galera: pera aí gente, eu apaguei, tava tomando um banho de mar... E ouvi da dra.: Michele, te prepara, é na próxima... A hora, rezei em voz alta: vem contração, vem contração, agarrada na medalha da Nossa Senhora do Bom Parto, na cama e no marido. E veio! A contração, a força, o círculo de fogo e um novo apagão, que só terminou quando a Martina já estava sendo pega pela pediatra e encaminhada para aspiração. Ouvíamos o choro bravo dela e nos abraçávamos felizes... Ali conheciamos o amor instantaneo (por ela) e construiamos um laço entre nós (eu e Beto) com tamanha força a qual jamais imaginaríamos que pudesse existir.
Martina veio logo em seguida para o meu colo e ali permaneceu por quase 1 hora... Deu tempo de medir o big cordão umbilical que permitiu o reencaixe da bebe, sair a placenta, levar dois míseros pontinhos, um em cada lado, e olhar muito nos olhos do meu marido... Fomos encaminhados a outra sala e os avós entraram, curtindo a neta que estava no meu peito, de bruços, enrolada em um pano e com um gorrinho branco, olhando para mim sem parar... Nós conseguimos... Nós três mostramos e nós mesmos que somos muito melhores e muito mais fortes juntos... Martina, guerreira, fez de mim uma nova mulher e do Beto um novo homem, fez de nós um novo casal e nos permitiu ser mãe e pai. Ela nasceu às 21h12, e com ela veio toda esta enxurrada de sentimentos.
Veio ao mundo linda, esperta e saudável, a cara do pai, com três voltas de cordão no pescoço, mecônio de expulsão, às 40 semanas e 4 dias, um dia após o trabalho de parto travar, ela desencaixar e se enrolar. Foram 18h desde a primeira contração daquela madrugada, 53h desde a primeira contração de terça-feira. Mas eu passaria por tudo isso de novo sem pestanejar. E teria ao meu lado a mesma equipe, sem dúvida nenhuma. Foi um parto que quebrou alguns mitos médicos, é bem verdade. Foi um parto que sem dúvida só foi possível porque tínhamos conosco uma médica segura, compreensiva e forte. Foi um parto que começou 3 meses antes, quando conheci a Adriana Vieira na yoga. Não foi o meu parto, ele foi nosso. E isso serve para todos vcs que estavam comigo naquele momento.
Lembrem-se a todo momento do que escrevi antes: o parto é uma experiência transformadora. Ele acontecerá para vc exatamente da forma como ele tem que acontecer para transformar a sua vida. É uma transição que poderá te marcar de diferentes formas. Portanto, entregar e confiar são dois verbos fundamentais que deverão segui-la como um mantra. Eu demorei, mas por fim entreguei e confiei.
Martina veio logo em seguida para o meu colo e ali permaneceu por quase 1 hora... Deu tempo de medir o big cordão umbilical que permitiu o reencaixe da bebe, sair a placenta, levar dois míseros pontinhos, um em cada lado, e olhar muito nos olhos do meu marido... Fomos encaminhados a outra sala e os avós entraram, curtindo a neta que estava no meu peito, de bruços, enrolada em um pano e com um gorrinho branco, olhando para mim sem parar... Nós conseguimos... Nós três mostramos e nós mesmos que somos muito melhores e muito mais fortes juntos... Martina, guerreira, fez de mim uma nova mulher e do Beto um novo homem, fez de nós um novo casal e nos permitiu ser mãe e pai. Ela nasceu às 21h12, e com ela veio toda esta enxurrada de sentimentos.
Veio ao mundo linda, esperta e saudável, a cara do pai, com três voltas de cordão no pescoço, mecônio de expulsão, às 40 semanas e 4 dias, um dia após o trabalho de parto travar, ela desencaixar e se enrolar. Foram 18h desde a primeira contração daquela madrugada, 53h desde a primeira contração de terça-feira. Mas eu passaria por tudo isso de novo sem pestanejar. E teria ao meu lado a mesma equipe, sem dúvida nenhuma. Foi um parto que quebrou alguns mitos médicos, é bem verdade. Foi um parto que sem dúvida só foi possível porque tínhamos conosco uma médica segura, compreensiva e forte. Foi um parto que começou 3 meses antes, quando conheci a Adriana Vieira na yoga. Não foi o meu parto, ele foi nosso. E isso serve para todos vcs que estavam comigo naquele momento.
Obrigada Dra. Claudia, obrigada Adriana. Obrigada mamãe, Antonio e Reny. Obrigada Dra. Monica e Dr. Bene. Mas acima de tudo e qualquer coisa, obrigada Alberto, por me apresentar um marido ainda melhor do que eu já conhecia... e Martina, por me ensinar a não desistir. A minha coragem e a minha determinação vieram da força que vocês me deram para seguir em frente. Eu sou uma nova mulher.
MICHELE CARDOSO- Jornalista, casada com Alberto, mãe de Martina (25 out 2012)
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